Quatro pessoas ficam feridas em ataque russo contra bairro residencial de Kiev

O bairro de Nyvky, que fica na área da cidade mais próxima da linha de frente – a cinco quilômetros de distância – foi atingido por disparos de artilharia no início da manhã.
Quatro pessoas ficaram feridas, de acordo com um comunicado da administração de Kiev.
Uma casa foi totalmente destruída e incendia. Vários imóveis foram atingidos por estilhaços.
O ataque destruiu vitrines das lojas próximas e janelas dos edifícios, assim como árvores no bairro residencial.
“O inimigo voltou a bombardear […] O distrito de Shvchenkivskyi foi alvo de disparos durante a manhã. As equipes de resgate estão no local tentando apagar vários incêndios em casas particulares e imóveis de grande altura”, afirmou a administração da cidade.
“Eu tinha acabado de voltar de fumar um cigarro lá fora quando, de repente, bum, o telhado desabou”, contou à AFP Volodymyr Okhrimenko, que mora em uma das casas afetadas, onde os bombeiros lutavam para apagar as chamas.
“Perdi a consciência por alguns instantes e depois consegui me levantar. Na casa, que dividimos com duas famílias, estavam três pessoas, com minha irmã e o marido […] Ninguém morreu”, explicou o aposentado, ainda em estado de choque com o ataque, mas feliz por ter apenas um arranhão na testa.
“Eu tive tempo apenas de pegar alguns documentos e sair antes do incêndio na casa”, contou a irmã.
O chefe de gabinete do presidente ucraniano pediu aos países ocidentais que entreguem “armas ofensivas” ao país como forma de “dissuasão” contra a Rússia, antes de uma reunião extraordinária da Otan prevista para quinta-feira.
“Nossas Forças Armadas e cidadãos estão resistindo com uma coragem sobre-humana, mas não podemos vencer uma guerra sem armas ofensivas, sem mísseis de médio alcance que podem ser um meio de dissuasão”, disse Andriy Yermak em um vídeo publicado no Telegram.
“Uma defesa eficaz durante muito tempo é impossível sem um sistema de defesa aérea confiável, capaz de derrubar mísseis inimigos de longo alcance”, argumentou Yermak.
Mas “não entregam, assim como não enviam aviões”, lamentou.
O pedido de aviões foi sistematicamente rejeitado até o momento pelos países ocidentais, que não desejam uma intervenção militar na Ucrânia por medo a ampliar o conflito com a Rússia.
A Otan celebrará uma reunião extraordinária na quinta-feira em Bruxelas, onde também se reunirão o G7 e a União Europeia, para examinar a situação da Ucrânia e a ajuda militar.
Bairro de Nyvky, que fica na área da cidade mais próxima da linha de frente – a cinco quilômetros de distância – foi atingido por disparos de artilharia no início da manhã