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Ucrânia paralisa atividades de reator de central nuclear alvo de bombardeios
Um dos reatores da central nuclear de Zaporizhzhia na Ucrânia, sob controle das forças russas, foi paralisado, anunciou neste sábado (6) a empresa ucraniana de energia atômica, após os ataques que provocaram uma troca de acusações entre Kiev e Moscou.

“Devido ao ataque à central nuclear de Zaporizhzhia, o sistema de proteção de emergência foi acionado em um dos três reatores em funcionamento, que foi desativado”, anunciou a Energoatom. A empresa afirmou que os bombardeios provocaram “graves danos” a uma unidade que armazenava nitrogênio e oxigênio e a um “edifício anexo”. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ficou “alarmada” com o bombardeio no sábado.

Rafael Grossi, diretor da agência nuclear da ONU, disse que os ataques representam um “risco muito real de um desastre nuclear que ameaça a saúde pública e o meio ambiente na Ucrânia” e além das fronteiras daquele país. “Ainda há riscos de vazamento de hidrogênio e substâncias radioativas. O risco de incêndio também é alto”, disse a Energoatom.

“O bombardeio provocou um grave risco para o funcionamento seguro da central”, acrescentou a empresa, antes de informar que a central continua produzindo energia elétrica e que os funcionários ainda trabalham no local. Na sexta-feira, as autoridades ucranianas acusaram as forças russas por três ataques perto de um reator da central de Zaporizhzhia, sul do país, apesar de Moscou ter o controle da área desde o início da invasão em fevereiro.

A União Europeia “condenou” as atividades militares da Rússia em torno da usina nuclear de Zaporizhia. “Esta é uma violação séria e irresponsável dos padrões de segurança nuclear e um novo exemplo do desrespeito da Rússia às normas internacionais”, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em sua conta no Twitter neste sábado.

O exército russo respondeu que as forças ucranianas atacaram o local, o que provocou um incêndio, já controlado. Em 21 de julho, a Rússia acusou a Ucrânia de atacar com drones o território da central nuclear, a maior da Europa. Kiev afirma que Moscou armazena armas pesadas e munições na área da central, ocupada desde março pelas forças russas.

Diretor da agência nuclear da ONU disse que ataques representam um alto risco de desastre

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