Ucrânia aponta probabilidade de soldados russos terem sido expostos à radiação em Chernobyl

O reator número 4 da central ucraniana de Chernobyl explodiu em 1986, causando a pior catástrofe nuclear civil da história. Está coberto por um sarcófago duplo, o primeiro construído pelos soviéticos, agora avariado, e outro mais moderno, inaugurado em 2019.
As tropas russas se retiraram da central nuclear na quinta-feira.
“Todos os equipamentos funcionam”, assim como “todos os sistemas de controle e monitoramento da radiação”, disse o diretor da usina, Valery Seida, citado em comunicado da agência ucraniana de energia atômica Energoatom.
Não foram encontrados problemas nem no sarcófago que cobre o reator número 4 danificado nem no armazenamento de material radioativo.
Os soldados russos “levaram cinco dos 15 contêineres de peças de reposição para a usina”, disse.
Mas se expuseram, sobretudo, a doses provavelmente elevadas de radiação, segundo as autoridades ucranianas.
“A poeira grossa que seus veículos suspenderam no ar e as partículas radioativas que estavam nela podem ter entrado facilmente nos corpos dos russos através de seus pulmões”, disse Seida.
Movimento dos veículos da Rússia na região levantou uma poeira grossa com partículas radioativas