Senado americano se aproxima de um modesto acordo sobre controle de armas

Nove senadores se reuniram esta semana para discutir uma resposta aos ataques de atiradores que causam comoção no país, com algum otimismo sobre a possibilidade de obter reformas.
O grupo se concentrou na segurança nas escolas, no fortalecimento dos serviços de cuidado à saúde mental e em incentivos para que os estados concedam aos tribunais a capacidade de retirar temporariamente as armas de pessoas consideradas perigosas.
A republicana moderada Susan Collins disse que o grupo estava fazendo “rápidos progressos”, enquanto o senador democrata Chris Murphy declarou que “nunca havia visto tantos republicanos sentados na mesa e dispostos a dialogar”.
“Algo diferente está acontecendo agora mesmo e espero que isso resulte em uma lei no Senado”, disse Murphy à emissora MSNBC na quarta-feira.
Os legisladores estão conscientes de que correm o risco de perder o impulso se a urgência de reformas desatada pelos massacres se dissipar, e outro grupo menor está realizando discussões paralelas sobre a ampliação da verificação de antecedentes de compradores de armas.
O desafio político de legislar em um Senado dividido em partes iguais (50-50), onde a maioria dos projetos de lei precisa de 60 votos para a aprovação, significa que reformas de maior alcance têm poucas chances de prosperar.
Mitch McConnell, líder dos senadores republicanos, afirmou aos jornalistas que os congressistas estão se concentrando na “saúde mental e na segurança nas escolas”, e não nas armas.
Por outro lado, os democratas na Câmara dos Representantes estão sim dispostos a aprovar uma lei muito mais ampla, mas em grande medida simbólica, que incluiria subir de 18 para 21 anos a idade mínima para comprar fuzis semiautomáticos.
A proposta provavelmente será aprovada na Câmara na próxima semana, antes de ser enterrada pela oposição republicana no Senado.
Congresso dos EUA é divido em 50-50 e os projetos precisam de pelo menos 60 votos para serem aprovados