Mundo se despede de Elizabeth II no Castelo de Windsor

As despedidas da rainha Elizabeth II, que faleceu após um reinado de 70 anos, terminaram nesta segunda-feira (19), em sua última viagem em Windsor, onde entrou na cripta real. Lá, estão os corpos de seus pais e marido. A rainha morreu em 8 de setembro aos 96 anos, quando estava em sua residência escocesa de Balmoral.
A monarca foi levada ao local após um imponente funeral de Estado, que contou com a presença de centenas de líderes de todo o mundo.
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Em publicação no perfil “The Royal Family”, a Inglaterra mostrou a caminhada levou a monarca até Windsor. “O caixão de Sua Majestade a Rainha faz sua última jornada pela Long Walk até o Castelo de Windsor para o Serviço Committal na Capela de São Jorge”, diz a mensagem.
Her Majesty The Queen’s coffin makes its final journey down the Long Walk to Windsor Castle for the Committal Service at St George’s Chapel. pic.twitter.com/vqczfMENlM
— The Royal Family (@RoyalFamily) September 19, 2022 Milhares de pessoas se reuniram na grande avenida que leva ao Castelo de Windsor para ver a chegada do caixão da rainha, transportado cerca de 40 km em um carro funerário da capital britânica. O carro fúnebre chegou coberto com as flores jogadas pela multidão durante sua viagem de Londres.
A era de Elizabeth II terminou simbolicamente quando o mais alto funcionário da Casa Real, o Lord Chamberlain “quebrou” sua Varinha do Ofício e a colocou no Caixão para significar o fim do Serviço.
A rainha será sepultada no “Memorial George VI”, um anexo onde foram enterrados seus pais e as cinzas de sua irmã Margaret.
A cerimônia será privada e está marcada para as 19h30 (15h30 de Brasília). O caixão de seu marido, o príncipe Philip, será enterrado ao lado dela, depois de ser transferido da cripta real, onde está desde sua morte em abril de 2021.
Funeral de Estado
O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, elogiou a vida da rainha, dedicada durante sete décadas a seu povo.
“As pessoas que amam servir são raras em qualquer âmbito da vida. Líderes que amam servir são ainda mais raros. Mas em todos os casos, aqueles que servem serão amados e recordados, enquanto aqueles que se apegam ao poder e aos privilégios são esquecidos”, disse Welby.
Caixão foi coberto com a coroa, o cetro e o orbe -símbolos da rainha-Reprodução/BBC
O Coral da Abadia de Westminster e o Coral da Capela Real entoaram seus cânticos para os quase 2.000 participantes, incluindo centenas de governantes e monarcas do mundo, do presidente americano Joe Biden ao brasileiro Jair Bolsonaro, passando pelo rei da Espanha, Felipe VI, ao imperador do Japão, Naruhito.
Na parte final da cerimônia, todo o país respeitou dois minutos de silêncio, das ruas aos parques, incluindo os pubs, onde muitos acompanharam a cerimônia pela televisão.
O funeral de Estado terminou com o hino nacional, “Deus salve o Rei”, cantado em homenagem ao novo monarca Charles III.
Em seguida o rei acompanhou a pé, com os irmãos Anne, Andrew e Edward, além dos filhos William e Harry, a saída do caixão, coberto com a bandeira da monarquia, a coroa imperial, o cetro e o orbe, por uma procissão de quase dois quilômetros no centro de Londres.
O caixão foi transportado em uma carreta da Royal Navy (Marinha Real) que, ao som das marchas fúnebres de Beethoven, Mendelssohn e Chopin, seguiu acompanhada por militares até o Arco de Wellington, no Hyde Park Corner.
Bisnetos da monarca, o príncipe George, de 9 anos, segundo na linha de sucessão, e sua irmã Charlotte, de 7 anos, seguiram o cortejo no primeiro de vários automóveis oficiais, ao lado de sua mãe Catherine e da nova rainha consorte, Camilla. O terceiro filho dos príncipes de Gales, Louis, de 4 anos, não compareceu à cerimônia.
*Com informações da AFP
Enterro da rainha acontece às 15h30 no horário de Brasília, em cerimônia privada