Designado pelo governo russo, novo prefeito de Mariupol diz que cerca de 5 mil civis morreram na cidade

O “prefeito” pró-Rússia, Konstantin Ivashchenko, informou, ainda, que “60% a 70% das residências foram destruídas ou parcialmente destruídas” nesta cidade portuária do mar de Azov. Esses balanços são menos graves do que os registrados pelas autoridades ucranianas.
Ivashchenko declarou que 250.000 pessoas deixaram a cidade, mas que o mesmo número, ou até 300.000, permaneciam em Mariupol. Essas citações são trechos de uma entrevista que a agência de notícias russa Tass anunciou para sexta-feira.
Autoridades ucranianas fizeram um balanço “cauteloso” de 5.000 mortos, mas indicaram que pode haver “dezenas de milhares de vítimas civis”, e que a cidade foi “90%” destruída.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia – as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos “nazistas” , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
Ainda segundo ele, pelo menos 250 mil pessoas deixaram o local desde o início da invasão pela Rússia