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Confrontos na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém deixam 40 feridos
Confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia de Israel deixaram 42 feridos nesta sexta-feira (29) na Esplanada das Mesquitas, um foco de tensão no centro de Jerusalém, após mais de um mês violência nos Territórios ocupados e em Israel.

“Durante a manhã registramos 42 feridos em confrontos com as forças de ocupação” na Esplanada das Mesquitas, anunciou o Crescente Vermelho Palestino.

Dos 42 feridos, 22 foram levados para um hospital de Jerusalém, “mas nenhum deles se encontra em estado grave”, acrescentou a organização.

A polícia israelense afirmou que os agentes da força de segurança atuaram porque “agitadores” lançaram pedras e fogos de artifício na direção do Muro das Lamentações, o local de oração mais sagrado para os judeus, que fica no mesmo recinto.

Um comunicado destaca que os policiais “usaram meios de dispersão de distúrbios” na intervenção. Testemunhas e correspondentes da AFP observaram o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Uma calma relativa dominou o local em seguida, quando milhares de fiéis se reuniram para orar na última sexta-feira do Ramadã, mês de jejum muçulmano que termina no início da próxima semana.

Alguns exibiam bandeiras palestinas e do movimento islamita Hamas.

A tensão aumentou nos últimos dias Esplanada das Mesquitas, considerada o terceiro local sagrado para os muçulmanos e o mais sagrado para os judeus, que utilizam o nome “Monte do Templo”.

Escalada

Nas últimas duas semanas, quase 300 palestinos ficaram feridos em confrontos na área, localizada na Cidade Antiga de Jerusalém.

A Esplanada das Mesquitas fica na parte leste de Jerusalém, ocupada por Israel desde 1967 e depois anexada. O local sagrado é administrado pela Jordânia, mas o acesso é controlado pelo Estado hebreu.

Os distúrbios acontecem em um cenário de escalada da violência, após quatro ataques desde o fim de março em Israel, que deixaram 14 mortos, incluindo um policial árabe-israelense e dois ucranianos. Dois atentados foram cometidos em Tel-Aviv por palestinos procedentes da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

Desde então, 26 palestinos e três árabe-israelenses morreram (incluindo os autores dos ataques) em confrontos com as forças de Israel, que efetuaram operações na Cisjordânia ocupada.

Os confrontos aconteceram na sexta-feira da “Jornada de Al-Quds” (Jerusalém em árabe), iniciada pelo Irã após a revolução islâmica de 1979.

Milhares de pessoas participaram em uma manifestação no Irã, grande inimigo do Estado hebreu, em apoio aos palestinos.

Provocação 

Na quinta-feira à noite, líderes dos movimentos palestinos Hamas e Jihad Islâmica, próximos ao Irã, organizaram uma manifestação em um estádio de Gaza para marcar a jornada e insistiram na necessidade de “defender” Jerusalém e a Esplanada das Mesquitas.

O general Hosein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, o exército ideológico iraniano, participou no evento por videoconferência e afirmou que “o Estado de Israel será derrotado”.

A presença na Esplanada das Mesquitas durante o Ramadã de um grande número de judeus – que têm permissão para visitar o local sob certas condições e em momentos específicos, mas sem a possibilidade de rezar – e a mobilização de forças de segurança no local sagrado foram consideradas uma “provocação” pelos palestinos e vários países da região.

Mas Israel pretende manter o status quo da Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, afirmou o chefe da diplomacia israelense, Yaïr Lapid. Ele disse que as recentes intervenções policiais no local estavam “justificadas”.

Polícia israelense afirmou que os agentes da força de segurança atuaram porque “agitadores” lançaram pedras e fogos de artifício na direção do Muro das Lamentações

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