Cientistas descobrem nova espécie de crocodilo gigante

O tamanho do animal foi calculado em até 7 metros, o que o torna o maior crocodilo do Neocretáceo brasileiro, por isso o gigante ganhou o apelido de “Terror das Águas”. Desde esta sexta-feira (16), o fóssil está exposto ao público no Museu de Paleontologia de Monte Alto.
Autor principal de um artigo científico sobre a descoberta que foi publicado em edição recente da revista internacional Historical Biology, o paleontólogo Thiago Schineider Fachini, do Laboratório de Paleontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), explicou que o Titanochampsa tem características distintas dos crocodiliformes fósseis já encontrados do Período Cretáceo.
“A conclusão de que é uma espécie nova resulta de uma análise da morfologia geral do crânio de Titanochampsa, tendo sido observadas feições inéditas, permitindo a definição de que se trata de uma espécie ainda não registrada do Cretáceo brasileiro”, disse.
A pesquisa vai prosseguir na tentativa de estabelecer os parentescos e o contexto paleoambiental do novo crocodiliforme – as condições do ambiente em que o animal vivia. Titanochampsa significa “crocodilo titânico”, uma alusão ao seu grande porte e por ter sido confundido com titanossauro por muito tempo. O epíteto específico “iorii” é uma homenagem ao pesquisador Fabiano Vidori Iori por seus trabalhos na região de Monte Alto e pela prévia identificação do material.
Animal viveu durante o Cretáceo na área que hoje é o interior de São Paulo