Brasil decide se abster da votação que pode suspender Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Costa disse que o país está “bastante preocupado” com as crescentes violações de direitos humanos e leis humanitárias na Ucrânia. “Pedimos para que todas as partes contribuam com a comissão, para que essa possa nos dar informações baseadas e que a Assembleia possa refletir e tomar uma decisão responsável sobre a permanência da Rússia no Conselho”.
O Brasil, que integra o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas neste ano, foi acompanhado por países como África do Sul e Senegal, que também optaram pela abstenção. Para que a suspensão da Rússia se concretize, é necessário que dois terços dos membros votem a favor da proposta.
Estados ‘subordinados’
A Rússia alegou que os Estados Unidos querem manter “controle total sobre colonialismo de direitos humanos” nas relações internacionais. Na sessão da Assembleia Geral da ONU, o representante russo afirmou que alguns Estados membros já estão “subordinados” à força americana.
Embaixadores se reúnem nesta quinta para votar proposta, feita pelos EUA, para suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, após supostos ataques a civis em Bucha, na Ucrânia. O representante russo rejeitou as alegações de violações, que diz serem baseadas em informações falsas.
“Aqui não é lugar nem momento para teatro e performances teatrais, como a feita pela Ucrânia”, disse ele, que afirmou que a proposta em votação não tem relação com a realidade.
Embaixador brasileiro pediu que os Estados-membros da Assembleia Geral tomem uma atitude após conclusões de uma comissão de inquérito